
Lembro de observar ela ali, no sofá, com o celular na mão enquanto as crianças brincavam no chão. Não era distração—era aquela preocupação silenciosa que tantas mães carregam: ‘Será que estou fazendo o certo?’. A IA chegou tão rápido que mal tivemos tempo de respirar, e agora nos perguntamos como equilibrar tudo isso sem perder o essencial. Aquele medo de que a tecnologia afaste em vez de aproximar… você já sentiu isso também?
A IA não é babá digital—e precisamos lembrar disso juntos

Quantas vezes já entregamos o tablet para ter uns minutos de paz? A gente sabe que não é ideal, mas a vida cansa.
O problema começa quando a inteligência artificial ocupa aqueles espaços vazios que deveriam ser nossos—quando a criança busca respostas numa tela em vez de no nosso colo.
Já percebeu como os filhos às vezes confiam mais nas respostas da IA do que nas nossas? É aquela pontada no peito que me fez pensar: ‘Precisamos falar sobre isso, né?’.
Mas como explicar para uma criança que até mesmo a máquina pode ter preconceitos? Começa pequeno, com perguntas simples: ‘O que você acha que esse app está tentando te vender?’ ou ‘Será que sempre podemos confiar no que lemos na internet?’.
Criando zonas livres de tecnologia—e redescobrindo o brincar de verdade

Lá em casa, tentamos algo simples: a hora do jantar é sagrada—sem telas. No começo foi difícil, mas agora até as crianças lembram: ‘Papai, guarda o celular!’.
São nesses momentos que surgem as conversas mais genuínas, os ‘e se?’ e os ‘por quês?’ que a IA nunca conseguiria responder com verdadeiro afeto.
E sabe o que descobrimos? Que brincadeiras de verdade—aquela massinha caseira, uma guerra de travesseiros—são o antídoto perfeito para o excesso de tecnologia.
Não precisa ser grandioso: uma caminhada no parque onde todos deixam o celular em casa já faz uma diferença enorme.
Quando adolescentes usam IA como terapeuta—e o que podemos fazer
Isso me assusta demais—a ideia de que nossos jovens possam estar compartilhando seus segredos mais profundos com algoritmos em vez de conosco.
Mas será que não é um sinal de que não estamos criando esse porto seguro da escuta que eles precisam?
A verdade é que a IA vai estar sempre lá—o desafio é fazer com que nossos filhos saibam que podem vir até nós primeiro.
Como? Às vezes é só sentar no corredor do quarto deles e dizer: ‘Estou aqui se quiser conversar sobre qualquer coisa—mesmo as difíceis’. Sem pressão, só presença.
Usando a IA juntos—em vez de contra nós

Aqui vai um segredo: a tecnologia pode aproximar em vez de afastar. Que tal criar um projeto familiar usando IA?
Pesquisar sobre dinossauros juntos, gerar histórias colaborativas, ou até aprender uma nova língua com apps educativos.
O truque é fazer junto—não delegar. Quando vi ela e nossa filha mais nova criando poemas ridículos com um gerador de texto, ri tanto que até esqueci que era ‘tempo de tela’.
Era tempo de conexão. São essas experiências boas que transformam o medo em oportunidade de crescimento conjunto.
O equilíbrio que buscamos—e encontramos no olho no olho
No final das contas, não se trata de banir a tecnologia, mas de dosar—como tempero numa receita. Um pouquinho aqui, outro ali, mas sempre com o ingrediente principal: nossa atenção plena.
Porque por mais que a IA evolua, nada substitui aquele abraço apertado depois de um dia difícil, o ‘contei para a mamãe’ sussurrado no escuro, o ‘estou orgulhoso de você’ que só nós podemos dar.
Essas são as conexões que realmente moldam caráter—e felizmente, ainda estão bem nas nossas mãos.
Fonte: The Next AI Goldmine: Profits Beyond Big Tech, Forbes, 2025/09/11
