
Lembro de ver minha esposa observando nosso filho brincando no tablet, aquele olhar entre preocupação e curiosidade. ‘Será que isso vai fazer bem pra ele?’ Ela não disse em voz alta, mas eu sabia o que estava passando na cabeça dela. A gente tem medo, não é? Medo da preguiça, do isolamento, de que a máquina substitua nossa presença. Mas e se eu disser que a presença dos pais muda tudo?
O medo que une todos nós
Tenho medo de deixar minha filha usar IA. Ela pode ficar preguiçosa, pode deixar de aprender… Soa familiar? É aquele frio na barriga que todo pai e mãe já sentiu. A tecnologia avança e a gente fica ali, entre querer preparar nossos filhos para o futuro e proteger a infância deles. Mas a proteção não está na proibição, está no desenvolvimento do senso crítico deles. E isso a gente constrói junto.
A dica é clara: use junto, pergunte junto

Já experimentou sentar com seu filho e perguntar pra IA junto? Não é sobre deixar ele sozinho com a ferramenta, é sobre transformar a interação em momento de aprendizado compartilhado. ‘O que você acha dessa resposta?’, ‘Será que faz sentido?’. A IA vira então não uma ameaça, mas um ponto de partida para conversas que fortalecem nossos laços.
Quando a escola vai mal e a gente se pergunta: é problema dela ou nosso?
Meu filho não gosta de estudar e vai supermal na escola. O que eu posso fazer? A pergunta que ecoa em tantas casas. A IA pode ser um atalho, mas também pode ser academia intelectual – depende de como a gente orienta. E isso vale até para quando a escola não vai bem… É importante dialogar com professores sobre como a tecnologia pode apoiar os estudos, mas também assumir nosso papel em casa. O grande desafio é convencer a criança de que a IA é apenas uma ferramenta, não a resposta.
A presença que transforma tudo

Vi minha esposa fazer isso outro dia: ela sentou, abriu o aplicativo com nosso filho e começou a fazer perguntas com ele. ‘Vamos ver o que essa inteligência artificial nos diz?’ E no meio daquela conversa, algo mágico aconteceu. Não era mais criança versus máquina, era família descobrindo juntos.
A presença dos pais muda tudo, transformando a interação com a IA em momento de aprendizado que fica na memória – e no coração.
Construindo confiança no lugar do medo
Será que a IA vai fazer meu filho confiar mais nela do que em mim? Aquele aperto no peito que me assombrava até entender: a tecnologia não substitui o abraço, a conversa olho no olho, aquele ‘conta pra mim como foi seu dia’. A IA pode dar informações, mas quem dá significado somos nós. Como ajudar meu filho a usar a IA de forma emocionalmente segura? Estando presente, questionando junto, mostrando que por trás de toda tecnologia tem pessoas – e valores.
O equilíbrio que buscamos todos os dias

No final do dia, depois que as crianças dormem, eu e minha esposa conversamos sobre isso. Como a família pode ajudar quando a tecnologia invade o cotidiano? Não tem fórmula mágica, mas tem verdade: acompanhar os filhos no letramento digital é uma preocupação de longa data que ganhou novos contornos. Pais têm medo da preguiça, mas preguiça não é produto exclusivo da IA – é humano. E é na humanidade que a gente encontra o equilíbrio radiante que tanto buscamos – é que nem aquele kimchi que a gente adapta com ingredientes locais, mantendo a essência mas encontrando um novo sabor.
Fonte: I started using NotebookLM’s new quiz tools – and they’re actually great for learning, Techradar, 2025/09/11
