
Já parou para pensar que as crianças de hoje provavelmente terão não uma, mas várias carreiras ao longo da vida? Observo em casa como ajudamos nosso filho com as tarefas escolares e me pergunto: estamos preparando ele para um mundo onde reinvenção será constante, não exceção?
As mudanças silenciosas que já começaram
Lembro de uma reunião escolar onde ouvi uma conversa que ficou ecoando… Ouvi alguém comentando que empresas estão contratando ‘Chief Longevity Officers’ – não como moda passageira, mas como movimento estratégico.
Setores como saúde, seguros e tecnologia já entendem que viveremos mais e de forma diferente. Nossos filhos herdarão um mundo onde trocar de carreira será tão natural quanto passar de ano na escola.
Vejo em família como explicamos para nossa criança como as coisas evoluem com o tempo, e percebo que preparar para o futuro é menos sobre memorizar respostas e mais sobre ensinar a adaptar-se.
Pequenos exploradores para um mundo de múltiplas jornadas
Teve uma tarde em que observei nós ajudando com um projeto de ciências. Em vez de dar a resposta pronta, perguntamos: ‘O que você acha? Como poderíamos testar isso?’
Na hora parecia apenas uma lição escolar, mas hoje vejo que era algo maior – cultivar aquela curiosidade que não tem fim e a resiliência para tentar de novo. Nossas crianças podem experimentar mais mudanças de carreira do que atualizações no nosso smartphone…
A educação precisa focar em ‘aprendizado contínuo’, não em ‘profissão única’.
E isso começa em casa, nas pequenas conversas, incentivando perguntas em vez de respostas prontas. Em família temos esse talento de transformar momentos cotidianos em oportunidades de aprendizado – é exatamente isso que precisamos cultivar.
Família como laboratório de inovação
Em casa, temos conversas que provavelmente não existiam na geração dos nossos pais. Falamos sobre como avós, pais e crianças podem aprender juntos e compartilhar experiências.
Costumamos comparar nossa família a um pequeno laboratório – onde testamos ideias, aprendemos com erros e celebramos descobertas.
Num mundo onde a convivência multigeracional será cada vez mais comum, a capacidade de viver e aprender com diferentes idades será preciosa.
Construindo pontes entre gerações
É especial observar em família conversando com nossa mãe sobre como era criar filhos na época dela, e aplicando essas lições no presente. Essa ponte entre gerações é um tesouro que muitas famílias subestimam.
Avós trazem a sabedoria da experiência, pais trazem a adaptabilidade do presente, crianças trazem a curiosidade do futuro. Juntos, formam um ecossistema rico de aprendizado.
Próximos passos: pequenas ações, grandes transformações
No final do dia, depois que as crianças dormem, conversamos sobre essas coisas. Em família nos lembramos que grandes mudanças começam com pequenos passos – ler juntos sobre diversos assuntos, incentivar perguntas à mesa de jantar, celebrar não só o resultado correto mas a tentativa em si.
Essa mentalidade de ‘jornada em vez de destino’ é algo que cultivamos naturalmente em nossa família. E é algo que outras famílias também podem fazer – pequenas ações do presente que preparam para um futuro de múltiplas possibilidades. Não é incrível pensar que juntos podemos construir essa resiliência que atravessa gerações?
Source: The Rise Of The Chief Longevity Officer: Demographics Hits Strategy, Forbes, 2025/09/12 16:27:38