
Sabe? Naquele instante, entendi tudo. Quantas vezes a gente se depara com esses alertas frios da tecnologia, mas algo dentro da gente diz: ‘Espera… não é assim’?
Principalmente vocês, mães, que captam nuances tão delicadas que nem sensores enxergam. Como nosso lar canadense com toques coreanos, às vezes minha esposa prepara pratos familiares que misturam tradições das duas culturas enquanto conversamos sobre como a tecnologia entra em nossa rotina.
Esse texto é sobre aqueles momentos em que o coração guia melhor que qualquer IA – e como a presença carinhosa de pais como nós transforma esse jogo todo.
Intuição materna não é mágica: é algo que nenhum algoritmo consegue ter
Já passou por isso? Ontem mesmo, o app de saúde recomendou ‘reduza a amamentação’ com dados impecáveis, mas seu instinto aperta: ‘Hoje ele tá mais agitado, precisa de colo’. Olha, é isso.
A IA analisa milhões de casos, mas não sente o cheiro de leite azedo no frasco porque a tia esqueceu na geladeira ontem. Não vê aquele olhar que seu filho dá quando só quer que você o abrace, não que o app conte histórias.
Olha, intuição materna! Quem nunca? É como quando a gente diz ‘sexto sentido’, mas na verdade é a bagagem de noites sem dormir, de aprender a decifrar cada suspiro, cada careta.
Compreender os sinais emocionais pode ser um GPS para tomar decisões, sim… mas só porque a gente já percorreu tantos caminhos errados antes.
A IA mostra ‘taxa de sucesso de 85%’, mas você sabe que 85% das vezes seu filho recusa legumes quando tá cansado – e não por capricho, mas porque o cérebro dele tá sobrecarregado.
Seguir a intuição significa dar importância aos próprios sentimentos, porque eles são dados reais: o cansaço dele, o seu instinto afiado pelo amor. E olha, é lindo quando a gente percebe que a presença dos pais muda tudo na interação com a IA.
IA gera frases perfeitas… mas o coração corrige
Semana passada, minha esposa riu alto mostrando uma mensagem do app escolar: ‘Sr. e Sra. Silva, o aluno demonstrou comportamento inadequado na aula de artes’. A descrição? ‘João usou verde no lugar do vermelho durante a atividade criativa’.
A IA classificou como ‘problema emocional’, mas ela só digitou: ‘Meu menino tá explorando cores, não há problema aqui’.
Sabe? Ver isso foi um choque suave. Chatbots podem reforçar delírios? Às vezes, sim, se não filtrarmos com nosso senso crítico.
Mas a gente não precisa de alarmes: É o senso crítico dele que vai protegê-lo – e nossa calma que acolhe.
Lembram quando a IA sugeriu ‘limite o brinquedo de herói por 3 dias’? Mas vocês, mães, viram que aquela fase era sobre superar o medo do escuro… então transformaram o herói em protetor da noite.
Enquanto a IA pode transformar o mercado de trabalho, em casa nossa humanidade é que dá sentido a todos esses alerts. É nossa humanidade que dá sentido aos alerts.
A IA propõe ‘ações baseadas em risco’, mas só você reconhece quando o risco é na verdade coragem.
A fórmula secreta: avós, lágrimas e um pouco de IA
Minha sogra me ensinou uma coisa que nenhum app repete: ‘Quando a criança chora sem motivo, primeiro checa a fralda, depois o coração’. Hoje, a IA mapeia a fralda com precisão, mas não lê o coração.
Por isso, a gente mistura as coisas. Tipo quando o relatório do app diz ‘criança distraída em 70% das aulas’, mas você lembra que naquela manhã ela acordou perguntando se os passarinhos sentem saudade da mãe… aí não é distração, é sensibilidade.
Preocupações com privacidade e segurança no uso de dados pessoais na IA são válidas, mas na prática, o que salva é o diálogo.
A gente junta a avó no grupo do WhatsApp para explicar histórias que a IA nem sonha com – como quando ela contou que antigamente crianças com medo do escuro usavam ‘lua de pelúcia’.
A avó disse: ‘Era só uma bola de meia, mas virou coragem‘. Isso não tá nos algoritmos!
A IA reduz o pensamento crítico dos humanos? Só se a gente parar de questionar.
Por isso, sempre que o app dispara ‘alerta máximo’, eu pergunto: ‘O que sua intuição diz?’
O momento em que a intuição vence os 100% da IA
Teve uma tarde que o app bloqueou jogos educativos: ‘Excesso de 15 minutos, risco de dependência’. A IA calculou com exatidão matemática – mas não sabia que ele tava terminando um desafio sobre números primos que o professor elogiou. Minha esposa ignorou o alerta. ‘Deixa ele concluir, depois explica’.
E sabe qual foi a surpresa? He chegou correndo com o tablet, todo animado: ‘Papai, você não vai acreditar! Descobri que números primos são como amigos de verdade!’
É nesses momentos que a gente vê: a tecnologia mede tempo, mas só nós medimos propósito. A IA está transformando o jornalismo, mas em casa transformamos cada ‘erro’ em lição.
Psicose de IA? Entendo a preocupação, mas quando a gente mantém o controle, tudo vira ferramenta.
O uso de IA em sistemas de apoio à decisão levanta questões sobre transparência – mas com os filhos, a transparência é simples: a gente explica, adapta, acolhe.
Porque no fim, é a sua intuição – aquela voz que sussurra ‘confia em mim’ – que guia melhor que qualquer código.
Source: Lessons from using AI in Discovery, Thoughtbot, 2025-09-15