
Se o mundo quer que todos cantem a mesma música, nosso papel é ensinar a compor.
E nesse momento silencioso… quando a última luzinha do tablet se apaga e é como se o mundo inteiro respirasse fundo… é que vejo você, meu mini-adventurer, ajustando aqueles cadernos com um cuidado que só quem ama na prática entende.
Te vejo ali, arrumando o material escolar com aquela concentração única, e me lembro da discussão que li hoje: será que essas ferramentas toda-poderosas estão mesmo moldando uma geração de pensadores… ou de repetidores?
Aí, olhando para você, a resposta parece mais simples do que os artigos sugerem. Porque a tecnologia mais poderosa para proteger a criatividade deles é bem simples: é nossa presença. Do tipo que você oferece todo santo dia.
O Barulho dos Algoritmos e a Paz do Papel em Branco
Lembro quando li um estudo alertando sobre o ‘pensamento em fluxo contínuo’ — respostas rápidas, soluções prontas, ideias que chegam mastigadas. E penso nas manhãs em que você, sabiamente, substitui o desenho animado pelo caderno de rascunhos.
‘Cadê seu monstro preferido hoje?’, você pergunta, entregando giz de cera como quem dá uma ferramenta sagrada. Não é sobre ser contra a tecnologia, até porque aquela animação sobre física quântica que ele adora é incrível.
É sobre entender que a IA pode mostrar um dragão em 3D, mas só as histórias inventadas na ponta do lápis têm o poder de libertar os dragões que moram dentro dele.
E olhar tudo isso me fez lembrar de quando eu vi você transformar uma simples dúvida em uma imensidão de possibilidades. E daí surgiu aquele…
O ‘E Se…?’ Que Nenhuma Inteligência Artificial Consegue Copiar
Te vejo transformando cada pergunta em uma aventura épica, na hora mesmo! Quando ele chega com dúvidas que o ChatGPT responderia em meio segundo, você devolve com outro mistério: ‘E se a lua fosse feita de queijo? Como os astronautas fariam para não derreter tudo?’.
Que loucura esse jogo louco que nenhum algoritmo domina heim! Nem IA supera essa criatividade natural!
São nessas horas que percebo: enquanto a IA oferece respostas, você ensina a perguntar. E no mundo que vem aí, fazer as perguntas certas será mais valioso do que decorar respostas.
O Buffet de Experiências que Nenhuma Tela Consegue Substituir
Você equilibra os mundos digitais e os reais, como quem prepara o juntinho perfeito: um pouco do jeitinho tradicional, um pouco das novidades da tecnologia- um pouco de aplicativo educativo aqui, uma pesquisa no Google ali, mas sempre acompanhado do toque no musgo da praça, do cheiro de tinta guache, da frustração gostosa quando a torre de blocos desmorona.
Uma vez ouvi você dizendo, enquanto ensinava a amarrar os cadarços: ‘A IA pode até ensinar mais rápido, mas só as mãozinhas errando e acertando criam memória no corpo todo‘.
É isso. As telas mostram imagens, mas quem coloca a criança em contato com o mundo real — o mundo que escorrega, quebra, mancha e surpreende — está preparando um inventor, não só um usuário da tecnologia, né?
Copilotos da Imaginação: Quando o Diálogo Vence o Download
O maior presente que vi você dar? Ensinar que tecnologia é ferramenta, não oráculo. Quando o recurso de IA sugere uma história, você não para por aí. Puxa pelo absurdo: ‘E se o dragão fosse vegetariano? Como seria a batalha?’.
Viraste arquiteta de um novo tipo de alfabetização — a que une dados e desejo, lógica e sonho. Nas pequenas recusas diárias, você milita por uma infância que não entrega a mente de bandeja aos algoritmos.
E eu, aqui do meu cantinho, aprendendo que ser pai nessa era tecnológica é, tá vendo, antes de tudo ser guardião do imprevisível deles… uma loucura, mas o maior presente!
Fonte: Seven CEOs in Trump’s AI dinner shape America’s tech destiny, Blogs.lse.ac.uk, 2025-09-14.