
A noite chegou, e a casa finalmente respira. Enquanto o pequeno dorme, reparo nos olhos cansados dela – cansados de tanto ver. Vi tudo hoje.
Vi quando ele perguntou à assistente virtual sobre as estrelas, e a resposta veio rápida, fria, perfeita. Mas vi também sua mão pousando no ombro dele antes que virasse para sair. ‘E se a gente fosse ver essas estrelas no quintal agora, filho? Será que a IA sabe como a Lua cheia faz cócegas na nossa imaginação?’
Whoa! Quando ele olhou do tablet para o céu real, os olhos brilhando de encanto? BOOM! Foi ali que entendi – estamos no caminho certo! A tecnologia dá respostas, mas só ela sabe fazer perguntas que ecoam.
O medo que nos une: a IA não é o monstro nem o salvador

Sim, conversamos sobre isso, lembra? Aquele estudo dizendo que uma em cada oito crianças prefere chatbots a conversas reais. Meu coração apertou. Mas você riu baixinho: ‘Então vamos ser os sete em cada oito que deixam a porta aberta, não é?’
Foi assim que começou nossa descoberta. Não se trata de proibir ou endeusar a inteligência artificial, mas de segurar a mão dele enquanto atravessamos esse novo mundo. Quando ele traz respostas prontas do tablet, você não corrige – pergunta: ‘O que você sentiu ao ler isso? O que faltou aí?’
Jaw-dropping! É assim, devagarzinho, que ele aprende: as máquinas explicam ‘como’, mas só nós perguntamos ‘por quê?’ – igual quando misturamos histórias da vovó com apps novos, tradição vibrante no mundo digital! O risco não está na tecnologia, mas na ilusão de que ela basta. Como você mesma diz:
‘Essas ferramentas? São como lápis coloridos. Podem desenhar linhas retas, mas quem faz os rabiscos mágicos somos nós’.
O segredo que nenhum algoritmo captura: a escuta que transforma

Lembra do dia em que o chatbot explicou sobre fotossíntese em trinta segundos? Você ficou de joelhos no chão com ele, uma folha na mão. ‘Vamos fingir que você é o sol – como se sente alimentando essa plantinha?’ Uau! Duas horas depois, estávamos com as mãos sujas de terra, plantando feijões no algodão. A IA deu dados; você deu significado.
BOOM! É nesses momentos que entra aquele pulo no coração: o maior risco não é a criança usar tecnologia, mas pensar que o mundo cabe em respostas prontas. Por isso você lança perguntas IMPOSSÍVEIS pras máquinas – ‘Por que o amor dói às vezes?’ ou ‘Qual o gosto do azul?’. Essas perguntas mantêm a cabeça dele cheia de ideias, aberta para o novo! Tipo quando misturamos jogos de tabuleiro antigos com IA – conexão que só humanos criam! Como você diz enquanto arrumamos os brinquedos juntos: ‘Inteligência artificial e humana, só funcionam quando a gente liga o coração’.
Nosso papel nesse futuro que já chegou: mais curiosos do que assustados

Ontem ele trouxe uma história escrita pela IA. Você leu com ele, depois soltou: ‘E se mudássemos o final para deixar mais… nosso? Que nem aquele segredo da vovó que a gente reinventa!’ Eita! Desenhos no sofá, risadas, o cachorro querendo participar. Quando perguntei depois por que fez isso, seu sorriso foi pura eletricidade: ‘Porque o influenciador da vida dele ainda tem que ser você e eu, e não uma caixa’.
BOOM! Foi assim que aprendi contigo: usar junto, perguntar junto, rir junto das respostas absurdas que a máquina às vezes dá. E quando a conversa aprofunda – sobre privacidade, dependência ou futuros empregos – você sempre joga aquela perspectiva: ‘Crescer é fazer perguntas que até os pais não sabem responder’. Talvez não tenhamos todas as soluções, mas temos o que nenhuma IA copia: o abraço que acalenta depois da tela apagar, a voz que sussurra ‘conta mais’ mesmo quando já é tarde.
E agora, enquanto ele dorme, não vejo só meu filho. Vejo um amanhã cheio de possibilidades que só o toque humano pode regar.
