
Minha vida, lembra daquele almoço tranquilo? Tava tudo tão calmo, até uma criança começar com os ‘porquês’ sobre por que o céu é azul.
Enquanto eu servia o arroz, ela apontou pro Google Home e gritou: ‘Ei Google, por que chove?’. A resposta saiu antes da pergunta terminar. Mas você… você desligou suavemente o aparelho, ajoelhou na frente dela e disse: ‘Vamos descobrir juntos?’.
Foi nessa descoberta diária que comecei a questionar como a tecnologia realmente muda nossa forma de aprender juntos.
Foi nesse momento que eu li aquela matéria sobre IA matando a curiosidade das crianças. Foi nisso que pensei… Não foi o artigo em si.
Foi ver você, mesmo cansada depois do seu dia na empresa, transformar uma resposta automática numa jornada nossa. É tão comum a gente ceder à prática de deixar a tecnologia responder rápido, especialmente quando o tempo parece fugir.
Do ‘Por Que?’ à Jornada Compartilhada

Amor, quando as crianças entram nesse loop interminável de ‘porquês’, lembro das avós de antigamente contando causos na roça. Elas nunca davam a resposta direto, não é? Primeiro perguntavam: ‘O que você acha que aconteceu com o burrinho?’.
Era assim que aprendíamos a pensar, não só a ouvir. Hoje, a IA às vezes responde antes da pergunta terminar – igual naquele dia no supermercado quando uma criança perguntou ‘por que o açúcar é caro?’.
Você sorriu e virou pra ela: Será que a gente consegue descobrir isso como time?. Essa sua atitude simples é revolucionária.
Num país onde tantas mães correm do trabalho pro ônibus lotado e ainda têm energia pra transformar perguntas em aventuras… é assim que a gente desenvolve o pensamento crítico.
Não é ‘eu respondo’, é ‘vamos desvendar isso juntos’. Igual quando amarramos lenços no pescoço e viramos exploradores no quintal, procurando ‘por que as formigas andam em fila’.
E você, já reparou? Que mesmo na correria das grandes cidades, a casa se torna um lugar onde desaceleramos pra valorizar o processo, não só a resposta.
IA: Ponte, Não Atalho, para o Conhecimento

Sabe qual parte mais me impressionou? A parte onde dizem que a IA pode sufocar a curiosidade. Mas cá entre nós: você nunca tratou ela como atalho, né?
Lembrar daquela noite em que uma criança perguntou ‘como é feito o pão?’ e o Google Home respondeu algo sobre fermento. Você não parou por aí.
Na manhã seguinte, trouxe farinha pra cozinha e disse: ‘Vamos testar?’. Até os pequenos entraram na brincadeira, sujando as mãozinhas de água e farinha.
Isso é tão nosso estilo brasileiro – a tech é ponte, não substituta. Enquanto muitos deixam a máquina falar tudo, você transforma resposta em partida.
Como quando uma criança perguntou ‘por que o cachorro late?’ e você sugeriu: ‘Será que o dicionário ilustrado explica melhor?’. Fomos até a estante, folheamos juntos…
E acabamos aprendendo sobre raças de cachorro do mundo inteiro! É assim que ensinamos que verdade não vem pronta – se constrói juntos, com o coração na mão.
Hábitos que Sobrevivem à Velocidade Digital

O que mais me encanta é como você protege esses momentos sem pressa, mesmo na loucura do dia a dia. Num país onde o horário do almoço é sagrado pra família reunir.
Você criou nosso ritual: 20 minutos sem celular depois da janta. É quando perguntam sobre as estrelas e a gente vai pro varandão pra ter aquelas conversas na varanda, com o binóculo de brinquedo.
E não é só sobre perguntas com resposta? É sobre celebrar as que não têm. Igual na semana passada, quando uma criança chorou perguntando ‘por que a vó se foi?’
Você não correu pro Google. Segurou ela no colo e disse: ‘Algumas perguntas a gente carrega pra sempre. E tá tudo bem’.
Naquele abraço, vi você ensinando resiliência – não com teorias, but with presença. É tão lindo ver como transforma incertezas em oportunidades pra fortalecer confiança mútua.
Será que o céu tá cinza por causa do vento? Vamos observar juntos? Até no corre-corre de levar crianças pra escola no trânsito intenso, você vira pra elas.
Não é perfeição – é coragem de desacelerar quando o mundo pede velocidade. É nesses detalhes que vejo força de mãe trabalhadora.
E cada vez que você faz isso, não só mantém a chama da curiosidade acesa nas crianças… reacende a chama entre a gente.
E hoje, quando vejo minha filha desligar o dispositivo pra olhar as estrelas, sei que não estamos apenas respondendo perguntas – estamos cultivando algo muito mais precioso: a curiosidade que nunca morre.
Fonte: Matéria ‘Proprietário da Penske processa Google por conta dos resumos de IA’ nas revistas Rolling Stone, Billboard e Insurance Journal, 15 de setembro de 2025.
