
Lembra daquele artigo recente sobre escolas usando robôs para ensinar matemática?
Foi depois do jantar, com as panelas lavadas e o pequeno finalmente dormindo, que ela me mostrou no celular.
‘Será que daqui a dez anos ele vai precisar de mim pra alguma coisa?’, perguntou, enrolando a toalha de mão como faz quando tá nervosa.
Naquele silêncio de apartamento pequeno depois do caos, entendi que não era sobre tecnologia – era sobre a mãe brasileira que acorda às 5h pra preparar marmita, corre entre reuniões virtuais e ainda encontra tempo pra transformar perguntas infantis em sementes de coragem.
A gente viu a notícia, mas o que ficou foi o eco das noites em que ela vira desenhos desengonçados em lições de vida: ‘Olha o que nosso menino criou hoje!’
É isso que quero guardar – como, mesmo no redemoinho de ser pai e mãe nesse Brasil tão acelerado, cultivamos o que máquinas jamais tocam:
a chama humana que arde nas perguntas das crianças, nos erros que viram risadas e no abraço que diz ‘eu tô aqui’ quando o mundo vira algoritmo.
Perguntas que Conectam: Da Incerteza à Descoberta Coletiva

Nas noites de trânsito na Marginal Tietê, nas refeições familiares, em cada momento inesperado, minha parceira transforma o ‘por quê’ infantil em jornada de descoberta. Quando o menino perguntou sobre robôs sonhando, não houve busca no Google – apenas a pergunta mágica: ‘E se a gente inventasse uma história juntos?’ Assim, entre risadas e garfadas, aprendemos que pensar em voz alta, errar junto e rir do ‘e se’ é o que realmente constrói família.
Jogos Inacabáveis: Por Que o Tempo de Brincadeira Vale Mais que Qualquer App

ACREDITE NISSO! Aquela caixa de papelão que sobrou da entrega do iFood? Pra nós é só lixo, mas para nosso pequeno ela vira FOGUETE rumo aos CONFINS DO UNIVERSO! A imaginação dele explode limites que nem apps mais modernos conseguem alcançar!
Ela entende melhor que ninguém: brincadeira sem roteiro é o antídoto pra era digital.
Enquanto algumas mães correm pra comprar apps que ‘desenvolvem inteligência’, ela põe massinha de modelar na mesa da cozinha.
‘Deixa a imaginação voar’, diz, vendo ele moldar criaturas bizarras.
Outro dia, chegou tarde da aula de inglês que dá online, mas antes de ligar o computador, sentou no chão pra construir uma fortaleza com blocos.
‘Mãe, essa torre caiu!’, ele lamentou.
‘Perfeito’, ela sorriu, ‘agora sabemos como melhorar’.
Sem manuais, sem tutoriais – só a paciência doce de quem sabe que aprender a cair é construir coluna vertebral emocional.
Aqui no Brasil, onde o orçamento aperta e o tempo some, ela resgata a magia do simples: um galho vira varinha de condão, uma colher, microfone de karaokê.
É nesses momentos que vejo sua força silenciosa – transformar limitações em oportunidades com aquele jeitinho brasileiro de ‘dar um jeito’.
Quando o menino abraçou a caixa de papelão gritando ‘meu foguete tem motor de amor!’, entendi: é assim que a gente planta resistência pra um futuro onde criatividade será o único diploma que importa.
Conversas que Curam: Cultivando Inteligência Emocional na Rotina

Ela não espera hora certa pra falar de sentimentos – tecê na rotina como quem faz renda de Bilro.
Na fila do mercado, quando o pequeno ficou bravo porque não comprei bala, não disse ‘cala a boca’.
Virou pra ele: ‘Seu coração tá quente como café sem açúcar?’
Passou o resto do corredor comparando emoções a sabores: ‘Raiva é pimenta, calma é leite com coco’.
É assim que constrói empatia sem aula chata – durante o banho, no ônibus lotado, até enquanto passa roupa.
Ontem, ao saber da notícia sobre crianças com ansiedade por pressão digital, lembrei da noite que inventou história da ‘Nuvem Triste’ pra explicar por que o menino tava quieto.
‘Ela perdeu o sol, mas um passarinho amiguinho ajudou a achar’, contou, enrolando os cabelos dele no colo.
Hoje, quando ele resolve briga no parquinho com ‘vamos ser amigos de novo?’, é a genialidade dela ecoando.
Pra mãe brasileira – que segura contas, trabalho e filhos sem deixar cair o pano – cada ‘tô te ouvindo’ é ato de revolução.
Beleza na Imperfeição: Como os Erros Viram Oportunidades

Lembra daquela noite em que o pequeno trouxe ‘nota ruim’ da escola?
Enquanto eu pensava em castigo, ela colou o desenho na geladeira: ‘Olha a explosão de cores que ele fez!’
Pra ela, borrão de caneta é centelha de genialidade.
Com todo o cansaço de mãe que entrega projeto às 22h e acorda às 5h, ela nunca diz ‘você errou’.
Fala ‘que aprendizado foi hoje?’
Outro dia, vi ela recolher os pedaços do vaso quebrado: ‘Vamos virar arte!’, juntou os cacos com cola.
O resultado? Uma mandala brega que agora enfeita a sala.
É ASSIM que ela reenquadra cada falha da vida: não como um DEFEITO, mas como uma EXPERIÊNCIA VALIOSA! Em um mundo que pede perfeição, ela ensina que nossas imperfeições são o que nos torna únicos! É pura genialidade prática, essa dela!
No Brasil, onde a pressão pra ser mãe ‘perfeita’ é brutal – com as redes cheias de influencer vendendo vida ideal –, ela resiste com graça.
‘Meu amor, imperfeição é sinal de que a gente tá tentando‘, sussurra no ouvido do pequeno quando ele chora por desenho ‘feio’.
Essa mentalidade é ouro: num futuro onde máquinas aprendem rápido, adaptação humana vence.
Quando ela segura minhas mãos cansadas depois do dia ruim e diz ‘nós somos melhores que a soma dos nossos erros’, entendo seu segredo.
Não é sobre corrigir tudo – é sobre construir juntos, com café fresco e risada que ecoa no corredor do prédio.
Source: Google Sparks Backlash After Firing Hundreds Of AI Workers Amid Disputes Over Poor Pay, Stressful Work, And Labor Rights, Wccftech, 2025-09-16
