
Você já se pegou olhando para seu filho pensando: ‘Será que estou preparando ele para um mundo que ainda nem existe?’ Essa pergunta me acompanha desde que li sobre os trilhões sendo investidos em IA. Lembra daquela vez que o celular atualizou sozinho e mudou tudo sem nem perguntar? Foi tipo aquela sensação de “ué, agora como eu faço isso?”
Na nossa casa, misturamos valores de ambas as culturas – a ênfase coreana em educação com a abordagem canadense de equilíbrio. Hoje, ao ver notícias sobre trilhões sendo investidos em IA, tive aquele calafrio familiar: mais uma mudança chegando, sem manual de instruções. Como pais, sentimos um chamado não apenas para preparar nossos filhos para o futuro, mas para nutrição suas almas com valores que transcendem tecnologia.
Trilhões em Jogo: Quando o Futuro Vira Aposta Corporativa

Quando leio sobre esses investimentos que cabem orçamentos nacionais inteiros, sempre me vem o episódio em que você descobriu que a Netflix usa IA pra sugerir séries. ‘É por isso que nunca conseguimos sair daquele loop de documentários culinários!’, você riu na época. Agora pense em algo 8 mil vezes maior sendo construído com a mesma lógica: empresas estão erguendo verdadeiras catedrais digitais, torres de servidores que consomem energia como cidadezinhas inteiras, tudo pra alimentar essas mentes artificiais.
Enquanto essas corporações investem bilhões, a verdadeira pergunta é: como essa tecnologia vai tocar a nossa vida diária, especialmente na educação dos nossos filhos? Por trás disso vejo dois motivos que explicam a loucura: primeiro, o pavor de ficar obsoleto — é como se cada empresa estivesse construindo sua própria arca para o dilúvio tecnológico. Segundo, uma ambição quase infantil, como quando nossos filhos tentam empilhar blocos até o teto só pra ver até onde chegam. E a gente, no meio disso tudo, tenta entender o que significa para o dia a dia, para a forma como nossos pequenos vão crescer e aprender. É um mundo em que a IA e o desenvolvimento infantil se encontram de maneiras que nem imaginamos, não é?
Nossa Vida em Duas Frases: A Magia e o Medo das Máquinas Que Escrevem

Lembra quando você passou a tarde inteira compilando dados para aquela apresentação no trabalho? Hoje, um assistente de IA resolveria em minutos. É aqui que mora aquela dualidade gêmea: enquanto ajuda a organizar o calendário escolar caótico, também gera aquele frio na espinha imaginando que tipos de empregos sumirão até nossos filhos entrarem no mercado.
Toda noite, quando vou deixar os pequenos dormindo, essa pergunta me persegue: será que esta tecnologia vai nos libertar tempo para mais tardes no parque, ou só acelerará ainda mais a roda do hamster em que vivemos? Ainda guardo seu comentário genial da semana passada: ‘Se um robô ajudar com as tarefas domésticas, prometo aprender a pintar aquarelas’. Eis o cerne da questão — conseguiremos usar esse tempo recuperado para nossos sonhos esquecidos nos fundos da gaveta? A gente se pergunta, como pais, qual o nosso papel ativo para que nossos filhos aprendam com IA de um jeito que os empodere, e não os limite.
Sonhos de Crianças Adultas: Até Onde a Imaginação Corporativa Pode Levar?
Essa parte me faz pensar em um dos nossos filhos, quando ele diz que de grande quer ser ‘aventureiro-detetive-astronauta’. As metas dos CEOs de IA soam igualmente megalômanas: sistemas que diagnosticam câncer melhor que médicos humanos, algoritmos que preveem pandemias pelo Twitter, assistentes virtuais que conhecem nossos hábitos melhor que nossas mães.
No meio dessas promessas, fico me perguntando qual será o equivalente tecnológico do efeito Bolha das Dotcom — quantos desses projetos são fogos de artifício lindos que deixam apenas fumaça ao explodir? Mas também: qual deles pode se tornar o próximo smartphone — algo que nem sabíamos precisar até se tornar extensão de nossas mãos? A gente, como pais, se vê tentando guiar filhos na era da IA, onde o horizonte de possibilidades é vasto e, ao mesmo tempo, incerto. É um desafio e tanto, não é?
Além das Telas: Nutrindo o Foco e a Curiosidade Real

Lembra daquela pesquisa sobre o tempo de tela e como ele afeta a capacidade de foco dos pequenos? Quando penso na IA, me vem à mente o alerta de que nossos filhos podem perder a capacidade de pensar por si mesmos se a tecnologia for usada de forma passiva.
A dica de ouro é pensar no futuro. A capacidade dos nossos filhos de se manterem focados nos estudos e em outras atividades depende das escolhas que nós, pais, fazemos hoje. Não é sobre negar a tecnologia, mas sobre ensiná-los a usá-la. A inteligência artificial (IA) invadiu o cotidiano e tem gerado uma dúvida crescente entre os pais: como lidar com essa nova realidade sem que ela se torne uma ameaça?
A grande sacada é que ela é apenas uma ferramenta e não pode fazer todo o trabalho por eles. Nossos filhos precisam aprender a dominar a ferramenta, não ser dominados por ela. É sobre superar os desafios da tecnologia com sabedoria, mostrando o caminho.
Plantando Sementes no Asfalto Digital: Nosso Papel Ativo em Casa
É aqui que sinto tua falta, amor. Tu sempre tens os pés mais firmes no chão. Enquanto eu divago sobre futuros distópicos, tu me lembras dos passos práticos que já estamos dando para guiar nossos filhos na era da IA:
- Aquela aula de programação para um dos nossos pequenos que evoluiu do ‘chato, pai!’ para projetos surpreendentes.
- Teu hábito (agora de família) de questionar todas as notícias com ‘quem está por trás desta informação?’.
- Nossa decisão consciente de manter os domingos como zona livre de telas, um espaço para a imaginação florescer sem interrupções.
A dica é clara e a gente já pratica sem perceber: use junto, pergunte junto, converse com ele sobre as respostas. Nunca entregue a inteligência artificial como se fosse uma babá digital. O impacto da nossa presença parental é insubstituível. Você já ensinou o mais importante aos pequenos: a diferença entre ferramentas e brinquedos.
Não importa quão inteligente seja a IA, ela nunca substituirá teu abraço quando eles caem da bicicleta.
O futuro pode ser incerto, mas nesta casa construímos pessoas antes de usuários — e é isso que realmente tira meu sono de noite (no bom sentido). É a nossa maneira de garantir que o desenvolvimento infantil na era da IA seja guiado por valores e presença, não só por algoritmos.
Source: What exactly are AI companies trying to build? Here’s a guide., Economictimes Indiatimes Com, 2025-09-17.
