
Chega de uma longa semana de trabalho, finalmente sento no sofá com a família. Sabe, eu estava lendo algo outro dia – sobre como, mesmo nos tempos mais difíceis, como pandemias ou crises econômicas, os cinemas encontraram maneiras de se adaptar, de continuar atraindo as pessoas. Eles sentiram o que o público realmente precisava: uma fuga compartilhada, um respiro coletivo. Isso me fez pensar, como parceiros navegando neste mundo em rápida mudança, como nós nos adaptamos? Como nós, como família, garantimos que a magia dos momentos compartilhados não se perca em meio a todas as novas tecnologias que batem à nossa porta?
Imaginei-nos, talvez daqui a alguns anos, debatendo com os filhos: ‘Devemos assistir a este novo filme separadamente em nossos dispositivos, ou nos reunir para uma estreia em família?’ E então me ocorreu uma preocupação silenciosa que ecoa um pensamento que li: quando a eficiência da tecnologia começa a ofuscar a maravilha compartilhada de simplesmente estar junto, que memórias preciosas podem simplesmente escapar por entre nossos dedos? Fala sério, não se trata de rejeitar o novo, mas de valorizar o que nos torna, nós.
É sobre reconhecer aquela necessidade profunda, quase primal, de conexão que atraiu as pessoas para a tela grande, e entender como podemos cultivar esse mesmo sentimento dentro das paredes de nossa própria casa, em meio ao belo caos de nossas vidas como pais que trabalham. Estamos constantemente equilibrando tanta coisa, não é? As exigências do trabalho, as intermináveis listas de tarefas e, ainda assim, o desejo mais profundo é proteger aquela alegria inocente, aquela faísca compartilhada que realmente define nossa família.
IA e Nós: Tecendo as Histórias de Amanhã, Hoje

É fascinante, não é, o quanto se fala sobre a inteligência artificial, até nos filmes que assistimos? Isso me faz pensar sobre a nossa própria casa. Será que essas novas ferramentas, como a IA, podem realmente aprimorar a criatividade de nossa família sem, por acidente, sobrepor a própria imaginação que queremos nutrir em nossos filhos? Pensemos, por exemplo, na confiança que as crianças depositam nas respostas dos chatbots; é algo que nos preocupa, pois a maioria acredita que os conselhos recebidos são verdadeiros.
E se tratássemos algo como o ChatGPT não como um oráculo que tudo sabe, mas como um primo curioso? Ouvimos o que ele tem a dizer, fazemos perguntas, talvez até rimos de suas sugestões peculiares, mas nunca o deixaríamos ditar a conversa inteira, certo? Nossas histórias, a narrativa única de nossa família, isso é algo que só nós podemos criar. Ferramentas, sejam elas canetas ou pixels, podem nos ajudar a contar essas histórias, mas é a faísca humana – sua intuição, minhas ideias bobas, a curiosidade ilimitada dos filhos – que realmente as acende.
Porque, sejamos honestos, imagine um sábado chuvoso em que até o seu assistente de voz esquece a reviravolta da trama que todos esperavam? Algumas coisas simplesmente precisam de um toque humano. E esse toque humano, esse calor, essa explosão imprevisível de risadas ou um abraço reconfortante quando uma história fica um pouco assustadora, é o que torna a narrativa de nossa família unicamente nossa. São os olhares compartilhados, os sorrisos cúmplices, a maneira como você, sem esforço, tece uma moral em uma história espontânea pra dormir – esses são os elementos insubstituíveis que nenhum algoritmo jamais poderá replicar. Isso me lembra de como você sempre encontra uma maneira de transformar até a tarefa mais mundana, como dobrar a roupa, em um jogo para os filhos, acendendo a imaginação deles de maneiras que uma tela nunca conseguiria.
O Sussurro da Tela Grande: Por Que Histórias Compartilhadas Ainda Importam

Lembra daquela sensação, sentado em um cinema escuro, um suspiro coletivo ou uma explosão de risadas ecoando pela sala? Há algo poderoso em compartilhar uma experiência assim, não há? É tão diferente de cada um assistir em seu próprio tablet, mesmo que seja o mesmo filme. Isso me faz pensar, o que realmente desaparece quando a mera conveniência das telas individuais substitui aquela admiração comunitária? É como assistir a fogos de artifício por janelas separadas em vez de sentir o estrondo juntos, lado a lado, os ‘oohs’ e ‘aahs’ se misturando no ar noturno. A sensação de pertencer a uma família é uma delícia, mesmo com os desafios da convivência.
Talvez precisemos guardar conscientemente esses momentos compartilhados. E se trouxéssemos um pouco dessa magia para casa? Tipo uma ‘noite de estreia’ em família – poderíamos até fazer ingressos caseiros, apagar as luzes e ter pipoca. A maravilha, a antecipação compartilhada, essa é a parte essencial.
Às vezes, os momentos mais simples são os mais memoráveis, precisamente porque nos forçam a nos conectar, a improvisar, a simplesmente estar uns com os outros.
É nessas mudanças inesperadas, quando a tecnologia cuidadosamente planejada falha, que nossa própria resiliência e criatividade como casal, como pais, realmente brilham, lembrando aos filhos que a conexão nem sempre precisa de uma tela.
Reescrevendo a Crise em Conexão

Aquele artigo sobre os cinemas se recuperando me fez pensar sobre nossas próprias vidas como pais. Às vezes, as rotinas diárias, as listas intermináveis de tarefas, o constante malabarismo entre trabalho e casa, podem parecer um período de estagnação, ameaçando abafar a maravilha. Como mantemos essa faísca viva, esse senso de magia, quando estamos constantemente conciliando tanta coisa, especialmente você, gerenciando tantos pesos invisíveis? A adolescência, por exemplo, é um período complicado, e evitar o distanciamento exige atenção.
E se mudássemos o roteiro de nossos medos sobre a automação? Em vez de ver a tecnologia como algo que nos separa ou nos substitui, e se ela pudesse realmente nos libertar? Imagine se a IA pudesse lidar com algumas dessas tarefas mundanas, como agendar compromissos ou organizar e-mails, nos devolvendo um tempo precioso para obras-primas de torta de lama no jardim, ou longos e divagantes debates com os filhos sobre as estrelas. Não se trata de fazer menos, mas de fazer o que realmente importa, juntos.
Cada ‘porquê?’ perguntado em uníssono, cada descoberta compartilhada, cada momento tranquilo de conexão – essas são as pequenas faíscas que brilham mais intensamente contra as sombras da vida, lembrando-nos de que nossa maior história é aquela que estamos vivendo, de mãos dadas, todos os dias. Trata-se de usar essas novas ferramentas não para terceirizar nossa humanidade, mas para amplificá-la, para criar mais espaço para a alegria espontânea, as conversas profundas e a compreensão silenciosa que formam a base de nossa parceria e de nossa família. Porque, em última análise, o objetivo não é apenas passar o dia, mas vivê-lo verdadeiramente, juntos, criando uma tapeçaria de memórias que são unicamente nossas, fortalecendo os laços familiares e garantindo uma convivência harmoniosa.
Source: Park Chan-wook Sounds Alarm on AI, Pushes Korean Theatrical Revival With Busan Opener ‘No Other Choice’: ‘A Fear We All Share’, Variety, 2025-09-17.
