
Nossa, como o tempo voou! Lembro perfeitamente do primeiro dia que minha filha, hoje com 7 aninhos, segurou um tablet com olhos brilhantes. E aí? Deixe-me compartilhar essa jornada que tem sido uma verdadeira caça ao tesouro digital para nós dois!
Sabe o que mais me surpreendeu? Como as pequenas coisas ganham vida quando misturamos sabores da Coreia e do Canadá aqui em casa. Enquanto preparo o bibimbap do almoço — aquele prato colorido que ela adora separar grão por grão —, ela me pergunta: “Papai, o YouTube Kids tem música tradicional coreana?”. Imagina só a cena: nossa mesa transformada num palco multicultural, com letras de sogum noreum tocando suave ao fundo enquanto comemos. Não é só tecnologia; é uma ponte entre o que carregamos no coração e o mundo que ela descobre agora.
Um dia desses, aconteceu algo que quase me tirou o fôlego. Ela passava mais tempo no tablet do que explorando o parquinho atrás de casa — sim, aquele a 5 minutinhos de caminhada, onde os amiguinhos deixam bicicletas jogadas na grama. Em vez de travar a tela como se fosse um vilão, decidimos jogar junto. Criamos uma “caça coreano-canadense”: usamos um app de realidade aumentada pra encontrar símbolos do bordado hwarotang escondidos nos bancos do parque, misturando tecnologia com a natureza que tanto amamos no Canadá. Nossa! Ela voltou pra casa com folhas na mão e olhos arregalados: “Papai, o app mostrou um dragão de verdade na árvore!”. E sabe o que aprendi? Que limites rígidos viram muros, mas caminhos criativos viram asas.
Sinto isso todo dia quando ela me puxa pra “analisar dados” — como ela chama nossa brincadeira favorita. Enquanto planejo nosso piquenique semanal no lago (tradição canadense que amo), ela monta gráficos de cores favoritas usando blocos de montar. “Olha, 70% de azul!” De repente, entendi: não é sobre controlar cada clique, mas sobre guiar com as mãos, não só com regras. Como diz um velho provérbio coreano, “Nem sempre o rio segue o mesmo caminho, mas sempre chega ao mar”. E na nossa jornada, o mar é essa conexão que cultivamos — mesmo nas noites quando o trabalho tenta roubar minutos preciosos.
Lembro de uma madrugada recente… A luz do notebook ainda acesa, enquanto revisava relatórios (aquele momento que todo pai conhece bem!). De repente, senti uma mãozinha puxando minha calça. “Papai, você tá triste?” Era ela, de pijaminha, segurando o tablet com um desenho que fez pra mim: um robô abraçando uma árvore, com a legenda “Te amo tecnológico”. Que lição! Nossas crianças não precisam de superpoderes; só querem saber que estamos ali, mesmo quando o mundo digital suga nossa atenção. Por isso, criei o ritual do “desconectar com propósito”: 20 minutos antes de dormir, tablet vira lanterna pra projetar histórias na parede — hoje foi a lenda do dokkaebi, amanhã talvez uma aventura no Stanley Park!
No fim, é sobre confiar naquilo que não medimos em números. Enquanto tecnologia avança — lembro da notícia recente sobre IA revolucionando aprendizado —, nossa maior “app” continua sendo o abraço depois do primeiro tombo no balanço. Assim como misturamos o sabor suave do makgeolli (que sirvo com suco de maçã pra ela!) com o maple syrup canadense no panqueca, equilíbrio não é metade aqui, metade ali… É criar algo novo com amor. Então, na próxima vez que seu filho pedir pra ver um vídeo, experimente perguntar: “O que você quer descobrir hoje?”. Você vai se surpreender com as respostas que vem do coração, não da tela. Porque no final, não importa se coreano, canadense ou do planeta Marte — ser pai é aprender que a melhor tecnologia do mundo tem nome: presença.
