
Na noite, a casa se acalma. Brinquedos guardados. A máquina de lavar zumba suavemente. Você rola o celular. As crianças pedem ‘mais uma história’, seus dedinhos puxando suavemente seu cabelo. Observo você — esse pai ou mãe incrível equilibrando trabalho, casa e o mundo digital que nos segue. Vejo o peso que carrega: aquela pressão de ter que responder na hora e estar presente. Ao colocá-las para dormir, beija a testa e pergunta: a tecnologia está a nosso serviço, ou somos seus servos? Porque cada atalho digital facilita, mas há momentos humanos que não voltam.
A Carga Digital que Carregamos Juntos

É silencioso, mas tá sempre presente no nosso dia a dia: zumbido das notificações, aquela pressão de ter que responder na hora, expectativa de estar sempre disponível. Vejo quando prepara o jantar respondendo e-mails. As crianças — que normalmente fogem pro tablet, sentaram e contaram histórias. É a dança do pai ou mãe moderno: tentar ser tudo para todos de uma vez.
Contamos com a tecnologia para gerenciar cargas, organizar, conectar. Mas estressa, cria presença pela metade. A verdade: navegamos juntos, aprendendo, apoiando-se quando aperta. Quando a tecnologia toma conta, paramos e lembramos do que importa.
A Sombra da Presença num Mundo Conectado

Lembra aquela noite, todos à mesa mas no celular? Físicos juntos, emocionalmente distantes. Chama-se ‘tecnofência’ — interrupções que afastam. As crianças pedem: ‘Mãe, olhe para mim!’ quando não estão presentes. É um lembrete gentil: atenção dividida não as faz sentirem vistas.
Juntos reconquistamos a presença, um silêncio por vez
Criando Espaços Sagrados em Casa Digital

Momentos onde tecnologia recua. No final de semana, ‘sem celulares depois do café’ — conversamos, compartilhamos, rimos. Admiro como você cria zonas de conexão em casa: mesa sem celulares, quarto sem telas. Não é rejeitar tecnologia — é curá-la para servir o que importa.
O Toque Humano que Tecnologia Não Repete

Tecnologia — não substitui calor da mão na testa febril. Ontem, uma criança com pesadelo veio para nossa cama. Em vez de procurar no celular, segurou-a sussurrando. Vi o poder da presença — que nenhum algoritmo oferece. Os momentos mais valiosos não são os capturados em redes sociais. São os simples vividos juntos — isso que protegemos. E é isso que vamos continuar protegendo, juntos – cada abraço, cada risada, cada momento de verdadeira presença.
Source: Is my relationship with ChatGPT weird? Let me ask it, CBC.ca, 2025-09-28
