
Ouvir o Aravind Srinivas, CEO da Perplexity, falar sobre curiosidade me fez pensar naqueles momentos em que minha filha pergunta ‘por quê?’ pela décima vez seguidamente. Enquanto muitas empresas de IA correm para criar modelos superpoderosos, ele defende que o verdadeiro avanço está em estimular nossa curiosidade natural. E isso, meus amigos, é algo que ressoa profundamente com qualquer pai que já viu os olhos de uma criança brilharem ao descobrir algo novo. Partindo dessa ideia sobre como até mesmo os líderes em tecnologia valorizam a curiosidade natural, vale explorar por que essa qualidade se tornou tão crucial.
Por que a curiosidade importa mais que o hype na era da IA?

Ele fez uma declaração poderosa: em vez de focar apenas em tornar a IA mais humana ou abrangente, devemos valorizar como ela pode estimular nossa curiosidade inata. A Perplexity, empresa que ele comanda, não se contenta em dar respostas – ela cita fontes e incentiva perguntas de acompanhamento. “A curiosidade não para com uma resposta”, observou. E isso não é apenas uma teoria—os dados comprovam. Pesquisas mostram que a curiosidade natural pode ser uma motivação intrínseca poderosa para o aprendizado eficiente, inspirada no desenvolvimento cognitivo humano. E no fundo, sabemos disso intuitivamente – quantas vezes já vimos nossos pequenos aprenderem mais fazendo perguntas do que recebendo respostas prontas?
Como cultivar curiosidade na prática com IA e além?

Num mundo onde assistentes digitais como Siri e Alexa já decepcionaram, a Perplexity aposta que focar em precisão e curiosidade fará a diferença. Mas como pais, podemos aplicar essa mesma filosofia em casa?
Que tal transformar a hora das perguntas em uma pequena aventura? Em vez de apenas dar a resposta, podemos dizer: “Que boa pergunta! Vamos descobrir juntos, tá?”. Às vezes, a busca pela resposta é tão valiosa quanto a resposta em si.
Lembro de uma vez em que minha filha perguntou por que o céu é azul. Em vez de explicar com palavras, pegamos um prisma e criamos nosso próprio arco-íris na sala. Aquele momento de descoberta compartilhada valeu mais que qualquer explicação técnica.
IA como companheira de descobertas para o futuro

O CEO mencionou algo fascinante: o futuro da busca não é sobre respostas melhores ou mais rápidas, mas sobre descoberta de conhecimento. Imagine um mundo onde todos podem fazer isso e verificar fatos por si mesmos!
Para nossas crianças, isso significa que ferramentas como a IA podem se tornar parceiras na jornada de aprendizado, não apenas fornecedoras de informações. É como ter um parceiro de viagem educativa que sempre tem mais perguntas interessantes para fazer.
Pesquisadores do MIT desenvolveram algoritmos que equilibram a curiosidade da IA para que ela não se distraia muito da tarefa – algo que nós, pais, entendemos muito bem quando tentamos manter o foco das crianças!
Como aplicar esses insights no dia a dia?

Satya Nadella, da Microsoft, enfatizou que a IA deve ajudar as pessoas a “raciocinar sobre dados, não se afogar neles”. Como pais, podemos pensar: como ajudamos nossos filhos a desenvolver essa capacidade?
Aqui estão algumas ideias simples:
- Celebre as perguntas – mesmo quando não souber a resposta
- Transforme erros em oportunidades – “O que aprendemos com isso?”
- Use a IA como ponto de partida – não como destino final
- Misture o digital com o físico – seja montando LEGO ou pesquisando sobre festivais culturais, após explorar virtualmente
O mais bonito é que não precisamos ser especialistas em tecnologia – apenas precisamos manter viva aquela chama de curiosidade que já vem naturalmente nas crianças.
O futuro é curioso: preparando crianças para a IA
Aravind começou a Perplexity numa época em que muitos fundores buscavam aplicativos sociais ou hype de criptomoedas. Ele escolheu um espaço que muitos consideravam já resolvido: o consumo de informação. Que inspiração poderosa para nós, pais que buscamos profundidade em vez de superfície!
Quando vemos nossos filhos questionando o mundo com aquela sede genuína de entender cada detalhe, percebemos que o futuro não será apenas sobre algoritmos, mas sobre a capacidade humana de se maravilhar. O que me dá esperança é pensar que, num mundo com IA, a qualidade que mais valorizaremos pode ser justamente aquela que já temos em abundância quando crianças: a curiosidade sem limites.
No final, seja usando IA ou explorando o mundo real, o que realmente importa é manter vivo aquele espanto diante do desconhecido – tanto nas nossas crianças quanto em nós mesmos.
Fonte: Perplexity CEO Says Curiosity, Not Hype, Will Shape AI’s Future, Forbes, 2025/09/05
