
Lembra aquela noite em que ficamos conversando até tarde, depois que as crianças finalmente dormiram? Falamos sobre esse medo que tantos pais sentem – o de que a tecnologia possa roubar aquilo que temos de mais precioso: a conexão com nossos filhos. Essa preocupação me fez refletir muito sobre como encontrar o equilíbrio entre inovação e presença. Como integrar essas ferramentas sem perder a essência do que realmente importa?
O Medo Silencioso de Muitos Pais
Tenho medo de deixar minha filha usar inteligência artificial. Ela pode ficar preguiçosa, pode deixar de aprender, pode até começar a confiar mais na IA do que em mim. Essa é uma pergunta dolorosa, não é? Mas e se eu te disser que o problema não está na tecnologia, mas em como a apresentamos para eles?
A IA pode ser um atalho, mas também pode ser um treino mental. Tudo depende da forma como usamos a ferramenta junto com eles.
Use Junto, Pergunte Junto, Converse Junto

A conexão emocional e o diálogo são as bases para que a IA seja vista como uma ferramenta e não como um substituto. Quando seu filho faz uma pergunta para a IA, sente do lado dele. Pergunte junto, converse com ele sobre as respostas – a presença dos pais muda tudo.
Esses momentos compartilhados transformam a tecnologia em ponte, não em barreira. E sabe o que é mais bonito? Às vezes as perguntas das crianças são tão complexas que desafiam até os algoritmos mais avançados, nos lembrando que a melhor inteligência ainda é a humana.
Limites que Conectam em Vez de Isolar

O grande desafio no uso dessas ferramentas é convencer uma criança de que aquilo é apenas uma ferramenta e não pode fazer todo o trabalho por ela. Limite o tempo que seu filho passa em frente a uma tela. Ele vai te agradecer no futuro.
Mas mais importante que limitar o tempo é estar presente durante esse tempo. Às vezes a melhor ‘IA’ que temos em casa é justamente a nossa intuição de pais – aquela que nos diz quando é hora de desligar e simplesmente estar juntos.
Como Criar Vínculos Profundos na Era Digital

E aí, como criar vínculos profundos com os filhos se estamos todos exaustos? A criação dos filhos foi engolida pela lógica performática. Mas e o vínculo?
A resposta está em transformar a tecnologia em aliada, não em competidora. Use a IA para responder perguntas curiosas, mas depois desligue e continue a conversa olho no olho. Transforme as descobertas digitais em brincadeiras analógicas.
O equilíbrio está em entender que a tecnologia deve servir à conexão, nunca substituí-la.
IA Emocionalmente Segura: Nossa Responsabilidade
Como ajudar seu filho a usar a IA de forma emocionalmente segura? Estar presente. Supervisionar. Conversar. Explicar que por trás daquelas respostas há programadores humanos, não magia.
Mostrar que algumas perguntas são melhor respondidas com um abraço do que com um algoritmo. E principalmente, lembrar que nenhuma inteligência artificial pode substituir o calor do colo de mãe, a sabedoria do avô ou a risada compartilhada em família. Essas são as memórias que a gente guarda no coração, não é?
Assim como aquele prato que mistura o tempero da vovó com uma pitada de modernidade, podemos encontrar o equilíbrio perfeito entre tradição e inovação.
Então vamos lá: usar a IA com sabedoria, mas nunca esquecer que o melhor algoritmo é o nosso coração. E no fim das contas, é isso que fica: não as respostas da IA, mas os momentos que criamos juntos.
Essa é a verdadeira inteligência que importa.
Fonte: ‘400 million users by the end of the year’: Samsung on its ambitious Galaxy AI plans and the ‘powerful’ new Galaxy S25 FE, Techradar, 2025-09-13
